sexta-feira, 27 de março de 2009

Conservação e marketing.



Encontrei este vídeo há umas semanas e achei-o interessante por várias razões. Apesar do tom humorístico, é um anúncio real de uma associação que se dedica a lutar pela conservação dos Pandas. Penso que a questão mais pertinente que se põe é até que ponto é legítimo recorrer a mecanismos publicitários agressivos na tentativa de chamar a atenção das pessoas, e em última análise, contribuir com dinheiro para uma deterinada causa ambiental. Até que ponto será legítimo distorcer factos e misturar conceitos de forma a transmitir uma mensagem com uma carga emocional mais forte. Todos nós queremos que a sociedade em geral preste mais atenção às questões ambientais, mas se admitirmos que é legítimo distorcer a realidade, se isso tornar a mensagem mais apelativa, essa técnica pode-se facilmente virar contra a própria mensagem que pretendemos passar. Há uns tempos chamou-me a atenção uma comentadora no jornal "Público" que escreveu alguma coisa como "estar enjoada dos golfinhos", e achar muito mais importante salvar os tubarões, que esses sim estavam em perigo de extinção!

No caso dos cetáceos, essa técnica parece ser bastante comum, indo do simples usar filmagens e sons de baleias-corcundas para protestar contra a Noruega e o Japão por caçarem baleias-anãs (aqui), a simular uma tentativa de assassinato em alto-mar (o vídeo está aqui, uma pesquisa no google revela inúmeros sites e blogs a falarem sobre o assunto)!

Por isso a questão é: este tipo de estratégia ajuda ou antes pelo contrário, prejudica a mensagem que todos nós queremos passar?

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